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Sírios voltam para casa depois da guerra

Um dos objetivos da petição Um milhão de vozes de esperança é ajudar cristãos refugiados no processo de retorno ao lar

Muitos cristãos que haviam fugido da cidade de Homs cinco anos atrás estão, aos poucos, voltando para reconstruir suas casas e suas vidas. Homs é a terceira maior cidade da Síria e foi muito destruída pela guerra civil. Uma de suas moradoras, Maha, diz que está muito feliz de estar de volta. Com seu marido e irmã, ela recentemente voltou a morar no seu antigo apartamento.

Quando o governo retomou o controle da cidade, em março, a família de Maha foi uma das primeiras a retornar para ver o que havia restado. Setenta por cento de sua casa havia sido destruída, mas não estava tão ruim quanto outros prédios. Muito do dano foi causado pela explosão de um barril de gás perto de sua casa no começo da guerra civil, em 2011.

A alegria de estar em casa novamente

Enquanto fugiam, Maha foi atingida na perna por um atirador de elite e foi levada por sua família ao hospital mais próximo. “Muitas cirurgias se seguiram, porque meu osso estava totalmente fraturado e tiveram que colocar uma prótese de metal. Os médicos tiveram de tirar osso do meu quadril, e só depois de dois anos é que o osso começou a se formar de novo”, relembra. Quando caminha, é possível notar os pinos em sua perna.

Antoon Mansoor (77) é outro morador que voltou a Homs. Ele diz que é um milagre que ele e sua esposa, Basima Abo Jamd (63), não tenham ficado feridos quando sua casa foi atingida por um morteiro cinco anos atrás. “Eu estava parado aqui”, aponta, “quando o morteiro nos atingiu; e havia estilhaços voando por todos os lados, mas nós não fomos atingidos”. Num primeiro momento, eles fugiram para o interior, mas não tinham renda suficiente para sobreviver, e tiveram muita dificuldade de achar um lugar para alugar. Então, finalmente, pediram ajuda ao líder da igreja que ficava em frente à sua casa.

Pessoas dessa idade se sentem mais confortáveis em seu próprio lar, diz o líder cristão. “Primeiro, eu fiquei com medo de que nós não conseguíssemos consertar a casa deles, pois estava muito danificada. Mas quando falei com a Portas Abertas, eles concordaram em ajudar. Eu fiquei tão feliz por termos terminado a casa antes de o inverno chegar. Essa casa é propriedade da família há mais de cem anos”, relata o líder. Agora, Antoon e Basima estão de volta ao lar. Basima diz que não esperava que pudessem voltar um dia. “Mas duas semanas atrás nós voltamos, depois de cinco anos longe. Eu estou tão feliz”, testemunha. Antoon também diz que se sente muito melhor e mais forte em sua casa. “Agora eu posso respirar”, conta.

Realidade pós-guerra

Após seis anos de guerra civil, estima-se que 6,3 milhões de pessoas estejam deslocadas internamente em todo o país, enquanto cerca de 5 milhões são refugiados em países vizinhos. A maioria dos pedidos de asilo em 2016 veio da Síria, que ficou à frente do Afeganistão e Iraque neste quesito. De acordo com a advogada de direitos humanos Ewelina Ochab, muitos cristãos iraquianos sentem que não têm mais futuro em seu país, enquanto cristãos sírios acreditam que ainda têm um futuro em sua terra natal, sob a liderança do presidente Bashar Al-Assad.

A Portas Abertas lançou uma petição intitulada Um milhão de vozes de esperança, em que pede ao secretário-geral da ONU que as pessoas possam voltar em segurança para seu país e sua casa. Outro pedido é que os direitos dos cristãos e outras minorias do Oriente Médio sejam respeitados. Você pode assinar a petição até sexta-feira, 8 de dezembro. Ela será entregue à ONU no dia 11 de dezembro. Assine aqui.


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